A Igreja somos todos nós
Ambiente:
- Arrume o ambiente do encontro com cadeiras em círculo , Bíblia,vela
Acolhida: Música
OBJETIVO: Sentir-se membro responsável da Igreja e Participar da sua missão
Desenvolvimento do Encontro:
Ambiente:
- Arrume o ambiente do encontro com cadeiras em círculo , Bíblia,vela
Acolhida: Música
OBJETIVO: Sentir-se membro responsável da Igreja e Participar da sua missão
OBJETIVO: Sentir-se membro responsável da Igreja e Participar da sua missão
Desenvolvimento do Encontro:
A Igreja somos todos nós que temos a mesma fé. Não confundir Igreja com a casa que é o local onde a gente se reúne. Ali é igreja (com i minúsculo), templo.
A Igreja - Povo de Deus - não é uma casa, um templo, uma construção ou um prédio, nem somente seus principais líderes. Ela é a família de Deus que nasceu no Povo de Israel, ao qual Deus falou de modo muito especial, e que hoje somos todos nós. Esse novo povo é conduzido pelo Espírito Santo. Inspira-se nas virtudes e nos princípios e condições propostos por Deus.
O Apóstolo São Paulo apresenta a Igreja como uma família, a família de Deus. Seus membros estão edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos que anunciam a Palavra de Deus. Levam o Evangelho a todas as nações e criam comunidades formando a Igreja. Cristo Jesus é a pedra angular, a base que dá resistência a todo o edifício, que está em crescimento, isto é, em construção. Todos os batizados são chamados a serem pedras vivas deste edifício espiritual, uma habitação de Deus mediante o Espírito Santo.
A Igreja é um organismo vivo, animado pelo Espírito Santo, que comunica a todo o Corpo a vida e a salvação que vem de Deus por meio de Cristo. Ela está crescendo como um santuário sagrado, onde vivem os filhos de Deus, que semanalmente se reúnem para celebrar as maravilhas que Deus operou por nós em Jesus Cristo.
A Igreja somos todos nós, filhos de Deus. A Igreja é a comunidade dos seguidores de Jesus. Deve ser uma comunidade viva, com a finalidade de continuar a missão que Jesus nos deixou. Para que isto aconteça, é necessário que vivamos o amor de Jesus Cristo, a que nos coloquemos a serviço da comunidade.
Todos os cristãos batizados formam a Igreja. Nela, todos somos iguais em dignidade. Porém, cada pessoa realiza uma função diferente.
Em uma casa cada um tem o seu papel. O pai trabalha; a mãe cozinha, cuida da casa (muito embora, nos tempos de hoje, muitas mães, além do trabalho de casa, ainda trabalham fora); os filhos estudam e assim por diante. Hoje vemos a necessidade do pai também participar dos afazeres do lar, assim como, os filhos também podem ajudar em pequenas tarefas domésticas.
Na grande família de Deus também é assim; todo o mundo tem de trabalhar. Daí temos o Papa, os bispos, os padres, os religiosos, os catequistas e demais leigos. Cada um usa o dom que Deus lhe deu. Um dá catequese, outro canta, outro ajuda na Missa, participa do grupo de jovens, de círculos bíblicos etc (aproveitar para relembrar os dons do Espírito Santo). E mesmo as crianças podem fazer muitas coisas na Igreja.
- Como surgiu a Igreja?
Já vimos que Jesus viveu toda a sua vida fazendo o bem, realizando a vontade seu Pai. Mesmo assim, a inveja dos poderosos fez com que Jesus sofresse e fosse morto.
Antes, porém, de sua morte, ele celebrou a Páscoa com seus discípulos, para agradecer a Deus o que fez para o povo de Israel, quando conseguiu sair do Egito, onde era escravo. (Lc 22, 7-20). Nessa reunião, Jesus celebra a primeira missa e os apóstolos fazem a primeira comunhão. Nesse dia é, portanto, instituída a Eucaristia com as seguintes palavras de Jesus: "Tomai e comei todos vós, isto é meu corpo que é dado por vós. Tomai e bebei todos vós, este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que é derramado por vós e por todos os homens para o perdão dos pecados. Fazei isto para celebrar a minha memória" (Lc 22,19).
Ele deu aos padres o poder de tornar presente, através dos tempos, este seu grande gesto de amor, para que todos os homens possam entender o seu grande amor por todos compreendendo que é preciso amar uns aos outros (Jo 15,9.12-14).
Na última ceia também, Jesus lavou os pés dos seus apóstolos, mostrando que mesmo sendo seu mestre, era capaz de servir, e da mesma forma, os apóstolos são chamados à humildade e ao serviço.
Jesus, celebrando a última ceia:
- institui a Eucaristia
- institui o sacerdócio
- celebra a primeira missa
Isto aconteceu na quinta-feira santa, antes da morte de Jesus, e até hoje nós celebramos este dia como fundamental na história da Igreja.
Jesus veio ensinar aos homens a verdade. Por isso teve de ser firme, mostrar o erro das pessoas e dizer coisas que não agradavam aos seus contemporâneos (pessoas que viviam no seu tempo). Então muitos achavam que Cristo estava atrapalhando o povo, colocando na cabeça daquela gente ideias que não estavam de acordo com o que eles pensavam.
Jesus não deixou de dizer a verdade pelo fato de ser ameaçado de morte. ele mesmo falou: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos" (Jo 15,13). E ele quis dar aos homens esta grande prova de amor. Aceitou a morte, porque a sua morte iria dar vida a toda a humanidade.
Quando Jesus foi enterrado, tudo parecia estar fracassado e o que Ele queria em breve seria esquecido. Mas tal coisa não aconteceu. Ele ressuscitou, venceu a morte, porque Deus sempre quer a vida dos homens. Não somente esta vida, mas a vida eterna que é a mais perfeita.
A Ressurreição de Jesus ocorreu no terceiro dia, no domingo de Páscoa. Por isso, a Páscoa é a maior festa do povo cristão, pois Jesus ressuscita. É a vitória da liberdade sobre a escravidão, do bem sobre o mal, da vida sobre a morte.
Depois da ressurreição, Jesus apareceu algumas vezes aos apóstolos. Na última vez, levou seus apóstolos com Maria até o Monte das Oliveiras e disse assim: "Todo o poder me foi dado no céu e na terra; ide pois, anunciai o evangelho a todos os povos, batizando-os, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, eu estarei sempre convosco, até o fim do mundo". (Mt 28,18-20). E Jesus, pelo seu poder de Deus, sobe aos céus de corpo e alma (o mistério da subida de Jesus ao céu chama-se ascensão).
Por isso, a Igreja continua até hoje, pois foi Jesus quem enviou os apóstolos e envia hoje o Papa, os Bispos, os padres e cada um de nós. Pois ele quer que todo homem o conheça e possa por ele ser salvo.
Partilha
- Qual a maior festa do povo cristão? Por que?
- O que é o mistério da ascensão de Jesus
- Pela ordem de Jesus só os apóstolos deveriam evangelizar ou também nós? Explique o que você pensa.
- O início da Igreja
Depois da Ascensão de Jesus, os apóstolos ficaram com medo de serem mortos pelos judeus e se trancaram num quarto chamado cenáculo, esperando a chegada do Espírito Santo que Jesus prometera enviar.
Estavam os apóstolos reunidos com Nossa Senhora e mais alguns cristãos, quando ouviram o barulho de um forte vento e viram o aparecimento de línguas de fogo sobre a cabeça deles. E todos ficaram cheios do Espírito Santo (At 2,1-4).
A partir daí os apóstolos perderam o medo e começaram a pregar o Evangelho a todos os povos. Então se diz que a vinda do Espírito Santo marcou o início da Igreja, porque a partir dela os apóstolos perderam o medo e começaram a pregar o Evangelho a todos os povos.
Assim sendo, muitos puderam conhecer a palavra de Jesus e todos que a conheceram e aceitaram começaram a viver um novo tipo de vida. E o conjunto dessas pessoas, lideradas pelos apóstolos, formaram a Igreja - Comunidade dos Filhos de Deus que até hoje continua divulgando a palavra de Deus e levando os homens à salvação.
Partilha:
- O que foi o Pentecostes?
- Por que dizemos que o Pentecostes marca o início da Igreja?
- O que é a Igreja?
- Como viviam os primeiros cristãos?
Vamos abrir o Bíblia no livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos 46-47.
Ler ou pedir a um dos catequizandos que faça a leitura.
Vimos como foram formadas as primeiras comunidades cristãs - um exemplo de Igreja: "Unidos de coração, frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo" (At 2,46-47).
Assim eram os primeiros cristãos, homens e mulheres de fé, que viviam na unidade, no amor e faziam o bem às pessoas. E a Igreja foi crescendo, se desenvolvendo e chegou até hoje.
A nossa Igreja é a católica, apostólica e romana.
Vamos aprender o que isso significa.
A nossa Igreja é católica porque é aberta e dirigida a todos os povos, de todos os tempos, de todas as raças, de todas as culturas.
Apostólica porque se baseia na pregação e no testemunho dos primeiros doze apóstolos.
Romana, porque se preocupa muito com a unidade da fé e, para garantir essa unidade, mantém comunhão com o bispo de Roma, que chamamos carinhosamente de Papa.
Nossa Igreja é comunhão ministerial:
Ela é comunhão porque é formada por muitos membros unidos na mesma missão; e é ministerial porque cada membro é chamado a desempenhar uma função ou assumir um ministério. Vamos entender isso melhor consultando a Bíblia.
Texto: 1 Cor 12,12-27
Partilha
- Paulo faz, nesse texto, uma comparação entre a Igreja e um corpo. Costumamos chamar a Igreja de corpo de Cristo. E dizemos que Cristo é a cabeça e nós somos os membros. Que conclusão podemos tirar desse texto de Paulo.
- De acordo com o texto, é correto dizer que todos os membros da Igreja são iguais? E, em geral, mesmo fora do âmbito da Igreja, será que as pessoas são realmente iguais? Como entender isso?
- Paulo não estaria discriminando pessoas, ao dizer que os membros da Igreja são diferentes, uns mais fracos, outros mais honrosos?
- O fato de os membros serem diferentes significa que uns são mais importantes que os outros ou valem mais que os outros?
- Por que Paulo afirma que não deve haver divisão no corpo, mas, pelo contrário, os membros devem ser solícitos uns com os outros?
- Como podemos cultivar união ou comunhão se somos tão diferentes?
Aprofundamento:
- A comparação de Paulo é muito oportuna para entender a Igreja e até a sociedade em geral. Somos como um corpo, formado de muitos membros. Os membros de um corpo são diferentes, e é fácil entender a razão. É que cada membro tem uma função. O olho tem a função de enxergar, o pé tem a função de sustentar o corpo e caminhar, e por aí vai. O fato de os membros serem diferentes não significa que esteja havendo uma discriminação preconceituosa entre eles. Cada um é importante na função que exerce. Cada um tem toda a dignidade.
- Isso ajuda a compreender a Igreja. Dizemos que ela é uma comunhão, ou seja, uma união de muitos membros, diferentes entre si , mas cada qual dotado de toda a dignidade e encarregado de alguma função.
- Não parece bom dizer que as pessoas são iguais. Na verdade, cada um é único. Ninguém é igual a ninguém. O melhor é dizer que, apesar das diferenças, somos dotados da mesma dignidade de filhos de Deus. Isso é bom para aprendermos a respeitar as diferenças, conviver com os que são diferentes de nós, pensam diferente de nós, agem diferente de nós. A ideia de que as pessoas precisam ser iguais geram a intolerância. A intolerância nasce da dificuldade de respeitar as diferenças. A aceitação das diferenças gera a comunhão. Somo diferentes, temos dons, capacidades, características diferentes; mas em Cristo somos um. Essa é a grande mensagem de Paulo.
- Sendo diferentes, mas fazendo parte do mesmo corpo, temos funções distintas. Na Igreja chamamos essas funções de ministérios. Por isso, dizemos que nossa Igreja é ministerial. Cada membro tem sua função e deve exercer o seu papel para o bem de todo o corpo, sem que ninguém se julgue mais importante que o outro. Do mesmo modo que o corpo precisa de todos as pessoas, cada uma fazendo o que lhe é próprio, o que consegue por seus dons e suas capacidades. Cada um dando o melhor de si para o bem de todos. Isso é comunhão ministerial. É união de esforços para um Igreja mais saudável, assim como os membros todos colaboram para que o corpo esteja saudável.
- Daí, concluímos como é importante na Igreja a vivência fraterna entre irmãos que se unem em torno de uma causa comum e que se unem a Jesus ressuscitado para viver a mesma fé, comum a todos nós. Nossa Igreja deseja ser unida, vivendo em comunhão. E deseja que cada um assuma o seu ministério, sem ilusão de que um ministério ou vocação é mais importante que outro.
- Sobre isso, vale a pena conferir outro texto de Paulo, dessa vez escrevendo aos romanos: "Como, num só corpo, temos muitos membros, cada qual com uma função diferente, assim nós, embora muitos, somos em Cristo um só corpo e, cada um de nós, membros uns dos outros. Temos dons diferentes, segundo a graça que no foi dada. É o dom da profecia? Profetizemos em proporção com a fé recebida. É o dom do serviço? Prestemos esse serviço. É o dom de ensinar? Dediquemo-nos ao ensino. É o dom exortar? Exortemos" (Rm 12,4-8a). Pois bem! O apóstolo de Paulo sabia das coisas. Uma Igreja ministerial, que vive em comunhão, onde cada um se põe a serviço do outro, vale mais que uma Igreja cheia de gente importante, onde cada um quer ser servido.
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